quarta-feira, 1 de abril de 2009

detestáveis minutos

Busco em Clarice Lispector, no livro Um sopro de vida, palavras que expliquem pra mim mesmo esse tempo de silêncio aqui no blog...

"O tempo não existe. O que chamamos de tempo é o movimento de evolução das coisas, mas o tempo em si não existe. Ou existe imutável e nele nos transladamos. O tempo passa depressa demais e a vida é tão curta. Então — para que eu não seja engolido pela voracidade das horas e pelas novidades que fazem o tempo passar depressa — eu cultivo um certo tédio. Degusto assim cada detestável minuto. E cultivo também o vazio silêncio da eternidade da espécie."

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