É... depois de tempos de silêncio sinto vontade de voltar a falar. Tenho esses momentos de “crise-sem-causa”, de falta de tempo e sensibilidade, que me fazem nem querer mais contar nada de mim aqui ou em outro lugar. Como diria Adélia Prado, às vezes Deus me tira a poesia e vejo numa pedra só e somente uma pedra. Nada mais que uma pedra... O blog fez até aniversário no último dia 14, mas preferi aderir à onda da internet enquanto espaço atemporal e nem fiz questão de postar algo pra comemorar meus primeiros desenredos (que achei que não iriam durar nem um mês, e olha eu aqui um ano depois falando deles). Pensei em tanta coisa nesse período, me culpei por não escrever mais, pensei até em abandonar esse meu-nosso espaço e esquecer essa história de blog... Eu sei... Já fiz isso outras vezes... Mas derrepente surge aquela luzinha no fundo e penso: Ué?! Por que não fazer disso, dessa dificuldade de escrever, uma possibilidade?! Do limão uma limonada como infere o chavão. E tenho pensado que é de tudo que faço isso, ou pelo menos que procuro fazer. E tenho aprendido tanto... Nos últimos tempos tenho vivido um cotidiano repleto de correrias e atarefamentos profissionais, conflitos pessoais e emocionais que talvez sejam resultantes dessa entrega exacerbada para tudo o que está fora de mim. Mas também tenho vivido um momento de maturação profunda de meus desejos, de aprender que a vida não soa conforme as partituras que escrevo. Preciso me lembrar que eu mesmo é que quis me perder... Propus-me à isso. Agora o que vivo são conseqüências loucas de escolhas nos mais diversos âmbitos... E nem quero garantir a mim mesmo que foram as melhores.
Fonte da imagem: http://estavaaquipensando.blogspot.com
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