Erêndira, com direção de Cláudia Schulz, fez-me chorar e sorrir ontem a noite no Teatro Treze de Maio, em Santa Maria/RS.
Uma menina de olhar profundo,
uma avó que caminha na tênue linha entre o amor e a amargura,
um anjo vestido de menino
e alguns outros personagens que, com delicadeza (a delicadeza do teatro),
refletem o que há de mais humano,
em meio a sordidez e a graça.
Graça que nos causa o estranhamento de sermos quem somos.
Gestos ritmados,
suspiros envoltos em silêncios e pausas.
Cada objeto, cada entonação de voz,
acontecimentos que beiram o absurdo e a loucura
contam uma estória (poder-se-ia dizer de quase-amor) que se pretende,
antes de um conto de fadas,
estilhaços de porvires ecoando no espaço estéril do tempo.
Fotografia: Cláudia Schulz
quarta-feira, 18 de junho de 2008
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