olhei-me para dentro (daquele modo que nos olhamos poucas vezes na vida)
e percebi que já não tenho tanto medo do futuro.
Já não entendo o porvir como um monstro ancioso por devorar-me.
As horas de sono perdidas fizeram-me aprender a esboçar os contornos do agora entendendo que o amanhã prefere repousar em seu contínuo sono de devir...
E nada que eu tente fadar ao depois poderá ser recompensado com um sopro histérico de decepção
Pois tudo que tanto me prende, não é nada aos olhos traídos da razão.
Não essa razão inoportuna daqueles que pensam que sabem do essencial.
Mas uma razão própria das coisas que não pode ser explicitada aos nossos intempestivos corações.
E continuo aprendendo...
Imagem: Cristian Mossi
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