Sento-me. Começo então a tecer meus longos mantos de palavras. Não há o que possa ser tão avassalador quanto o universo de signos a pulular em minha mente, a entrar-me e sair-me pelos sentidos, a permitir-me embrenhar por breves significações perante o mundo, sobre todas as coisas que existem e se estendem ao nada. Visíveis, invisíveis. Faço, desfaço, refaço cada ponto, cada trama, cada labirinto de idéias, em todo e qualquer lugar. Vomito devaneios tolos, regurgito incertezas, calculo o som da voz que repassa (ainda que só) a estrada. Depois esqueço. Perco-me onde só há a ausência, onde não posso ver início nem final. Acaricio-me lentamente tentando com isso encontrar um sentido estúpido. É o que há por fazer.
Imagem: http://gruposeismaisum.blogspot.com
domingo, 3 de agosto de 2008
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