Pra ser amor perfeito, tem que gostar e falar da lua, do pôr-do-sol, da chuva e do arco-íris. Tem que me ensinar o nome dos pássaros, dormir feito criança e me contar coisas sobre decoração e regras de futebol. Tem que saber brincar, dar risada, mas não ter vergonha de às vezes também chorar. Tem que amar contornar meu rosto e entender meu amor nas entrelinhas. Tem que sentir saudades e matar minhas saudades. Tem que fazer de cada instante, mesmo que de longe, inesquecível. Tem que gostar de coisas e pessoas simples e sonhar com uma casa com quatro cachorros e um vaso de estrelícias, confiando que para ser feliz realmente não é preciso muito mais que isso. Tem que cuidar de mim e dizer que meu sorriso está sempre nos seus olhos. Tem que me desenhar com poucos traços. Tem que ouvir música e quando dormir sonhar comigo, mas não esquecer nunca da difícil arte de sonhar acordado. Tem que discordar de algumas de minhas opiniões e atitudes, sabendo se colocar sempre com delicadeza. Tem que amar os amigos. Tem que preferir jujubas a sorvete, tem que não ter muitas certezas sobre o futuro, tem que acreditar em Deus a ponto de me fazer também acreditar. Tem que ter medo de filme de terror e me abraçar bem forte nas cenas mais assustadoras. Tem que me mostrar que não sou tão só quanto eu imaginava ser, tem que me esperar ansioso e me deixar ansioso quando está por chegar. Tem que trazer flores e me fazer ver flores em todo o lugar. Tem que entender que pra ser perfeito não é preciso a perfeição. Mas tem que conseguir fazer todas essas coisas que parecem tão difíceis por na verdade serem fáceis demais.
Imagem: Flor conhecida por Amor Perfeito - Fonte: http://www.flickr.com
domingo, 30 de novembro de 2008
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
jingle bells
amarelo-ocre
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
outro lugar
Tem momentos, tão densos e suaves, que só o coração é capaz de lembrar. Presenças que, quando desprovidas da mágica sensação do toque, significam de outra forma a cama vazia, o rastro de flores, a falta do olhar. E passam a transbordar de desejos a face de quem ama, derramando lágrimas quentes de esperança pelo novo momento de se encontrar. Tem momentos que a ausência é tão grande que chega a ser linda. Então me fio pelo sol que se põe sereno e dá lugar a lua resplandecente no céu azul-turquesa, entristecendo e tornando plenas todas as almas que sabem ser também profundas. Tem momentos que eu nem sei explicar, e talvez nem o precise, mas que ficam para sempre. Ocorrendo pela eternidade a fora numa fresta de tempo feliz. Num outro lugar
Imagem: S2
Imagem: S2
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
ainda os mil tentáculos
Às vezes o que me assusta, não é a crença na (in)verdade alheia, mas nas minhas próprias (in)verdades. Ou na dificuldade que tenho de acreditar em mim mesmo, no que sou capaz, nos laços que se sustentam sem esforço ou destreza.
De outrora já disse que minha mente de menino prefere sempre acreditar que há monstros com mil tentáculos vivendo embaixo da minha cama, porém quero conseguir que eles permaneçam trancafiados em seu calabouço escuro e profundo.
Não quero ser também a imagem idealizada que por vezes criei ainda fora de mim.
Quero ser este assim, que erra, mas logo acerta. Que por vezes se esconde, mas logo se mostra. Que se deixa levar pelos dias com uma pitada de estranhamento e entusiasmo para dar sim, sempre que necessário, a cara a tapa.
Mas não quero entristecer o mundo com minhas não-coragens.
Fonte da imagem: http://abyssusabyssuminvocat.zip.net
De outrora já disse que minha mente de menino prefere sempre acreditar que há monstros com mil tentáculos vivendo embaixo da minha cama, porém quero conseguir que eles permaneçam trancafiados em seu calabouço escuro e profundo.
Não quero ser também a imagem idealizada que por vezes criei ainda fora de mim.
Quero ser este assim, que erra, mas logo acerta. Que por vezes se esconde, mas logo se mostra. Que se deixa levar pelos dias com uma pitada de estranhamento e entusiasmo para dar sim, sempre que necessário, a cara a tapa.
Mas não quero entristecer o mundo com minhas não-coragens.
Fonte da imagem: http://abyssusabyssuminvocat.zip.net
domingo, 9 de novembro de 2008
novo tempo
Hoje, por alguns instantes, procurei Deus dentro de mim. Encontrei-o soterrado por entre escombros de vaidades tolas e vontades findas. Questionei-me se não seria a hora de inventar-me menos rude, mais atento ao outro, menos apressado, mais pacífico. Estas desconhecidas qualidades em tempos de profundo egoísmo e falta de delicadeza.
Hoje, por alguns instantes, tive dificuldade em concentrar-me nos meus sonhos, talvez por percebê-los muito centrados numa curta margem de desvio pelo próximo que atenta os meus passos.
Hoje, por alguns instantes, percebi que o tempo passou muito rápido e que pouco olhei para os lados nesse período, senão para posicionar-me friamente e deixar claro meus próprios parâmetros, mantendo-me sem desejar uma maior fluidez de todas as coisas.
Hoje, não sei exatamente o porquê, ao menos desejo que inicie um novo tempo em mim.
Hoje, por alguns instantes, tive dificuldade em concentrar-me nos meus sonhos, talvez por percebê-los muito centrados numa curta margem de desvio pelo próximo que atenta os meus passos.
Hoje, por alguns instantes, percebi que o tempo passou muito rápido e que pouco olhei para os lados nesse período, senão para posicionar-me friamente e deixar claro meus próprios parâmetros, mantendo-me sem desejar uma maior fluidez de todas as coisas.
Hoje, não sei exatamente o porquê, ao menos desejo que inicie um novo tempo em mim.
Fonte da imagem: http://limitenoceu.blogspot.com
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
abismos
Volta e meia os abismos. Aqueles de outrora que parecem sempre ter o mesmo nome, a mesma dimensão, a mesma cor mórbida que se enfadonha como que num passe de mágica e faz estranhar o que até então era impossível de ser ferido. Tola e desonesta esperança... E abrindo minha pele com a velha lâmina, torturando-me lentamente, procurando as causas das marcas e rescindindo tudo o que sinto, não quero pensar que os motivos estão dentro de mim. E tudo toma outras cores (im)possíveis. Desconhecidas, porém tão familiares. Isso também é tudo e é só.
Fonte da imagem: http://www.thmemo.blogspot.com
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
O que eu quero dizer...
Te amo.
Mas quando digo que te amo não falo assim da boca pra fora, como um vício de linguagem, mera tautologia...
Quando digo que te amo estou dizendo que cada movimento seu pra mim é como um passo de dança, que me encanto sempre com seu jeito doce de descobrir o mundo todos os dias e que me apaixono cada vez mais quando você me olha rapidinho, encolhe os ombros e abre um sorriso que ilumina tudo que está ao seu redor. Digo que meu coração quase salta pela boca minutos antes de encontrar com você, que ele para de bater por alguns segundos quando você me beija e que chora baixinho quando novamente você tem que ir embora.
Te amo.
Mas quando digo que te amo estou dizendo que você para mim tornou-se único. Precioso. Que sinto falta do seu gosto, do seu cheiro, da sua voz rouca e preguiçosa quando acorda ao meu lado de manhã e me deseja um bom dia como se aquele fosse o primeiro e o último. Quando digo que te amo estou dizendo também que ao dormirmos juntos, acordo de sobressalto várias vezes durante a noite para me certificar que sua presença não é sonho e que nada me conforta mais ficar olhando você dormir silencioso e imaginar que aquele momento embaixo do cobertor é só nosso e que tudo ao meu redor poderia se acabar naquele instante.
Te amo.
Mas quando digo que te amo não estou pronunciando isso esperando que você me responda imediatamente as mesmas palavras em troca, mas que entre nós fique suspenso alguns segundos de silêncio e que nossa memória nos leve para o dia em que tivemos a sorte de nos encontrarmos e nem imaginávamos o quão importante seríamos um para o outro. E que seja possível nossos olhos sorrirem leves, confiantes, esperando o tempo em que nem seja preciso dizer algo para sabermos o quanto nos amamos.
Te amo.
E isso é tudo e só.
Mas quando digo que te amo não falo assim da boca pra fora, como um vício de linguagem, mera tautologia...
Quando digo que te amo estou dizendo que cada movimento seu pra mim é como um passo de dança, que me encanto sempre com seu jeito doce de descobrir o mundo todos os dias e que me apaixono cada vez mais quando você me olha rapidinho, encolhe os ombros e abre um sorriso que ilumina tudo que está ao seu redor. Digo que meu coração quase salta pela boca minutos antes de encontrar com você, que ele para de bater por alguns segundos quando você me beija e que chora baixinho quando novamente você tem que ir embora.
Te amo.
Mas quando digo que te amo estou dizendo que você para mim tornou-se único. Precioso. Que sinto falta do seu gosto, do seu cheiro, da sua voz rouca e preguiçosa quando acorda ao meu lado de manhã e me deseja um bom dia como se aquele fosse o primeiro e o último. Quando digo que te amo estou dizendo também que ao dormirmos juntos, acordo de sobressalto várias vezes durante a noite para me certificar que sua presença não é sonho e que nada me conforta mais ficar olhando você dormir silencioso e imaginar que aquele momento embaixo do cobertor é só nosso e que tudo ao meu redor poderia se acabar naquele instante.
Te amo.
Mas quando digo que te amo não estou pronunciando isso esperando que você me responda imediatamente as mesmas palavras em troca, mas que entre nós fique suspenso alguns segundos de silêncio e que nossa memória nos leve para o dia em que tivemos a sorte de nos encontrarmos e nem imaginávamos o quão importante seríamos um para o outro. E que seja possível nossos olhos sorrirem leves, confiantes, esperando o tempo em que nem seja preciso dizer algo para sabermos o quanto nos amamos.
Te amo.
E isso é tudo e só.
Fonte da imagem: http://www.aredenarede.com/
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